Mais uma de muitas histórias!

Mais uma de muitas histórias

Você esta em seu quarto sozinho com seus pensamentos e se depara com uma única lógica: Há dias você pensa na mesma coisa, ou melhor, na mesma pessoa.
Nada faz tanto sentido, você cria e “viaja” em muitos momentos na sua imaginação e por algum motivo torce para que isso se torne real. Então começa a busca frenética pela realização de cada uma dessas imagens e ilusões criadas em seus momentos mais silenciosos.
Primeiramente você tenta saber algo a mais sobre a pessoa, coisas que ela goste, que admire, as pessoas com quem ela se relaciona. Momento detetive.
Geralmente poucas coisas te afetam nesse ponto. Porém existe uma situação que pode frustrar tudo: A paixão dessa pessoa por outra, mas este não é o ponto que quero citar.
Enfim, depois de descobrir certas pistas você tende a achar ter a capacidade de surpreender essa suposta pessoa e assim começam as pequenas conversas.
Tudo parece tomar grandes proporções, a cada conversa você cria mais intimidade e isso te leva a um estágio de felicidade quase plena. Tudo é motivo de sorriso, e as pessoas notam isso e comentam. Em certos períodos você nega os sentimentos, em outros você deixa claro a intensidade de cada batida do seu coração.
Nesse tempo começam as confusões na mente, mesmo imaginando tudo você não esperava chegar até aqui. Agora tudo é mais complicado, nas conversas você sabe o que dizer, mas acaba se calando, porém não sabe como agir com a pessoa, pois tem medo das reações. O medo de dar errado.
Porém, você não pode evitar a pessoa por dois motivos essenciais:
1º Nada é completo sem a presença dela
2º Já é tarde para desistir, e não pode largar a amizade da pessoa assim, seria injusto olhar só para si mesmo.
Então você parte para a sua jornada rumo ao desconhecido. A cada dia que passa você tenta mostrar o que realmente sente e ao mesmo tempo evita ao máximo tocar nesse assunto.
Um belo dia você cria A coragem e “vai pra cima”, assim começam as demonstrações de amor. No meu caso: músicas, poemas, serenatas, presentes e disposição em dar todo o tempo possível para estar com a pessoa. Pois pra mim não há nenhuma demonstração de amor maior que o tempo Porque o tempo não se compra, não se vende, nem troca, não desgasta, o tempo não volta.
A cada ação você cria mais e mais expectativas, e torce para tudo isso resultar positivamente em relação aos sentimentos da outra pessoa. Entretanto ao mesmo tempo o medo cresce de uma forma devastadora. O medo de ser tudo em vão.
Passam alguns dias e poucos meses e você está conversando com essa pessoa e de alguma forma chegam ao assunto que te alegra e te assombra em uma tacada só. Seus sentimentos e o dela.
O coração acelera tudo parece estar passando rápido, dessa vez você não tem para onde fugir e deve dizer tudo na esperança de convencer a pessoa de que você pode torná-la a pessoa mais feliz do mundo. Em pouco tempo a outra pessoa demonstra estar insegura e mesmo assim decidida e começa a falar sobre amizade e para a maioria chega a seguinte frase: “Eu te vejo apenas como um ótimo amigo,praticamente um irmão”. Em outras ocasiões isso seria gratificante, mas agora isso chega aos seus ouvidos como um anúncio de que nada valeu todo o esforço, de que tudo serviu apenas para te aproximar deste momento que você não queria de forma alguma viver. Sua vontade é de se esconder, chorar, gritar, fazer qualquer coisa na companhia de total silêncio e solidão, ou da solidão e de alguma música que te leve a uma tristeza ainda pior e mais intensa.
O dia passa e novamente começam outras conversas com a pessoa, mas é “seu dever” fazer parecer que esta tudo bem. É “seu dever” colocar o sorriso no rosto enquanto o certo seriam as lágrimas solitárias rolando.
Seus dias vão sendo assim, máscaras e fingimentos, dor e desilusão. Mais uma vítima do próprio coração, mais um calado cheio de palavras guardadas em meio a multidão.
E o que era motivo de alegria e sorriso perde a graça e traz revolta. Essa é a história de mais um amor não correspondido.
Termino com os versos de um amigo: “Te entender, cuidar e depois partir. Te surpreender,mudar e não seguir” Joe Fregoni.
Autor: Heber Souza